Familia Giestas

Os Giestas são uma família pequena no Brasil e grande parte dela está localizada no Estado do Espírito Santo. Conta-se que em 1889, Helena Giestas, vem de Portugal para o Brasil, e na época os seus dois filhos passam mal e ela os deixa com uns vizinhos que viriam no próximo navio (não se sabe ao certo por que ela veio às pressas para o Brasil deixando para trás os filhos). Ela desembarcou no Rio de Janeiro, fixando residência na cidade. No ano seguinte, seus filhos,  Adriano, com 7 anos, veio de Portugal com seu irmão José Giestas, então com 9 anos de idade, em companhia dos vizinhos, foram morar em Riberão do Costa, no municipio de Afonso Cláudio, ES. Os irmãos cresceram e só foram reencontrar a mãe muitos anos depois, quando ja estavam casados e com filhos. Não se sabe muito sobre o que aconteceu a Helena Giestas e sobre os mistérios que levou consigo para o túmulo, o que se tem de concreto que que seus dois filhos deixaram inúmeros descendentes, muitos destes relacionados a seguir.

O membro mais antigo da família identificado é Manoel José Fernandes Giestas, que era casado com Joaquina Gonçalves, ambos portugueses, provavelmente oriundos da região do Minho.
Eles foram pais de:
1. Elena Fernandes Giestas , nascida provavelmente em Esplanada do Castelo, Portugal e falecida no Rio de Janeiro. Teve filhos com uma pessoa cuja identidade ainda não foi identificada.
Teve os seguintes filhos:
   1.1. Coronel José Maria Fernandes Giestas ou somente José Giestas , como geralmente é citado, nascido em 27 de agosto de 1877, em Freguesia de Santo André e São Miguel de Taias e Barroças, Concelho de Monção, Distrito de Viana do Castelo, Minho, Portugal e falecido em 14 de março de 1935, em Afonso Cláudio, ES.
José Giestas fez história no município capixaba, foi o primeiro prefeito eleito de Afonso Cláudio, governou a cidade por quase uma década e meia, de 1914 a 1929. Seu nome batiza uma rua e escola na cidade.
Abaixo segue um relato de acontecimentos enquanto prefeito, na conturbada política capixaba do início do século XX:
Nos idos de 1896 um certo Coronel Serafim Tibúrcio da Costa (natural de Jequeri, MG), proclama a “República do Manhuaçú”, cidade mineira próxima a Afonso Cláudio. Esta “república” permanece três meses separada do Estado de Minas Gerais, sendo extinta pela força militar mineira.

Após a tomada de Manhuaçú pelo Estado, Coronel Tibúrcio juntou seus comandados e rumou para o estado do Espírito Santo, buscando refúgio em Afonso Claúdio onde adquire 170 alqueires de terras, compradas do senhor Augustinho Gonçalves Painel.
Segundo documentos recebidos da Câmara de Afonso Cláudio, pelo pesquisador Ary Nogueira da Gama, Tibúrcio adquiriu a Fazenda Barra da Lagoa, onde também existia um armazém de secos e molhados, chamado Aurora da Barra.
Logo o Coronel Tibúrcio passa a circular entre a sociedade afonsoclaudense, ganhando prestígio e se elegendo para cargos públicos. Até 1914 permanece como presidente da Câmara Municipal de Afonso Cláudio.
Serafim Tibúrcio da Costa e o vereador Eduardo Olympio dos Santos, se opuseram ao partido republicano do Estado, fiscalizando as eleições, mesmo assim obtiveram grande derrota no pleito de 23 de março de 1915. Revoltado com o insucesso ameaçou reduzir a cidade “as cinzas”, saqueando as casas e entregando as famílias adversárias à mercê dos bandoleiros.
O prefeito José Giestas narra o incidente: “...chegou ao nosso conhecimento a notícia de que Serafim Tibúcio e Martinho Barbosa, comandando duzentos e cinquenta homens armados (...) anunciaram que estavamos em eminente perigo. Com menos de dez minutos o norte e o leste da cidade estavam tomados de jagunços (...) durante 45 minutos dispararam sobre a cidade mais de cinco mil tiros.” O ataque ocorreu em 25 de junho, data gravada na história do povo guanduense, quando houve a notícia que os senhores Serafim Tibúrcio da Costa e Martinho Barbosa estavam almoçando na fazenda Pouso Alegre de Eduardo Olympio dos Santos.
Uma guarda cívica previamente organizada pelo prefeito e o deputado José Cupertino puseram fim à rebelião, expulsando os rebeldes para fora do estado.
Após o término do conflito José Giestas se dirige ao povo nas seguintes palavras: “Consigno no presente documento os meus sinceros agradecimentos ao digno povo Guandu, pela prova de confiança que me dispensou renovando-me o mandato. A essa e as demais provas de generosidade, consideração que tenho recebido deste bravo povo, procurei corresponder meus melhores esforços em prol do engrandecimento e do progresso do município.
Julgo-me dispensado de renovar aqui o programa que tracei em março de 1914, o qual seguirei até o fim de meu governo.”
O prefeito José Giestas enviou a seguinte mensagem à Câmara de Afonso Cláudio em 20 de janeiro de 1916 “Começo este modesto e despretensioso trabalho consignando um resumo histórico dos tristes e lamentáveis fatos, que foi palco o município e quase todo o Estado por ocasião da sucessão presidencial e da renovação das administrações municipais, na exposição destes fatos, embora seja desagradável a alguém, usarei da verdade, sem rebuços, nem atavios literários e isto servirá de subsídio para o historiador do futuro.”
Serafim Tibúrcio da Costa faleceu em Espera Feliz, sendo enterrado em Manhuaçu em 19 de novembro de 1919.
José Giestas casou-se em 7 de setembro de 1901, com Firmina de Vargas Fernandes, nascida em Fazenda Pindobas, Conceição Castelo, ES, no dia 27 de setembro de 1877 e falecida no município de Afonso Cláudio, ES, no dia 13 de maio de 1965.
Foram pais dos seguintes filhos:
      1.1.1. Izilda Fernandes Giestas, nascida em Afonso Cláudio, ES, no dia 16 de março de 1903 e falecida em 1990, em Vitória, ES. Foi casada com Manoel Coelho.
      1.1.2. Jair Giestas , nascido em Vargem Grande, ES, no dia 20 de janeiro de 1904 e falecido em Vitória, ES, no dia 03 de novembro de 1968. Foi casado com Marfisa Abaurre Gianordoli, professora, nascida em 20 de maio de 1907, em Afonso Cláudio, ES.
Jair foi prefeito de Afonso Cláudio de 1948 a 1951. Foi eleito deputado estadual em 1950 e ficou como segundo suplente para deputado estadual em 1958, pelo PSD. Enquanto deputado foi autor da Lei Ordinária 1586, que “Considera de utilidade pública a conferência de Säo Sebastiäo do Alto Guandu, de Afonso Cláudio”, promulgada em 28/12/1960. (Fonte: Site da Assembléia Legislativa do ES/Dados Estatíticos do TSE, 2º volume). Também existe uma escola na cidade de Afonso Cláudio batizada com seu nome
Pais de:
         1.1.2.1. Fernando Gianordoli Giestas, nascido em 10 de março de 1937 e falecido em 1983.
         Pai de:
            1.1.2.1.1. Eduardo Giestas.
            1.1.2.1.1. Bruno Giestas.
            1.1.2.1.1. Leonardo Giestas.
            1.1.2.1.1. Fernando Giestas.
         1.1.2.2. Dalton Gianordoli Giestas.
         1.1.2.3. Glauro Gianordoli Giestas, casado com Lecticia Santos Fundão.
         Pais de:
           1.1.2.3.1. Denise Fundão Giestas.
           1.1.2.3.2. Glauro Fundão Giestas.
           1.1.2.3.3. Debora Fundão Giestas
           1.1.2.3.4. José Fundão Giestas.
        1.1.2.4. José Gianordoli Giestas.
        1.1.2.5. Ilza Gianordoli Giestas.
        1.1.2.6. Ithamar Gianordoli Giestas (F), farmaceutica, nascida em 6 de fevereiro de 1929 e falecida em 9 de junho de 2011, em Serra, ES.
        1.1.2.7. Consuelo Gianordoli Giestas
     1.1.3. Hottir Giestas, nascido em Afonso Cláudio, ES, no dia 13 de janeiro de 1906 e falecido em Vitória, ES, em 19 de abril de 1980. Foi casado com Dolores Federici Ribeiro.
     Pais de:
        1.1.3.1. Elcio Ribeiro Giestas.
        1.1.3.2. Eraldo Ribeiro Giestas, casado com Maria de Oliveira.
        1.1.3.3. Ronaldo Ribeiro Giestas.
        1.1.3.4. Arlete Ribeiro Giestas.
     1.1.4. Gualter Giestas, nascido em Afonso Cláudio, ES, no dia 11 de abril de 1908 e falecido em 12 de agosto de 1992. Foi casado com Maria Gianordoli.
Pais de:
        1.1.4.1 Marcia Giestas (Azevedo)
Mãe de:
          1.1.4.1.1 Claudia
          1.1.4.1.2 Renata
     1.1.5. Alcy Giestas, nascido em Afonso Cláudio, ES, no dia 14 de agosto de 1910 e falecido em 30 de janeiro de 1964. Foi casado com Jacy Cláudio Correa.
Pais de:
        1.1.5.1. José Celso Correa Giestas.
     1.1.6. Darcy Giestas (M), nascido em Afonso Cláudio, ES, no dia 1º de agosto de 1912 e falecido em 30 de maio de 1979. Foi casado com Zélia de Souza.
     Pais de:
        1.1.6.1. Darcilia
        1.1.6.2. Yeda
        1.1.6.3. Luíz 
     1.1.7. Haydée Giestas, nascida em Afonso Cláudio, ES, no dia 31 de outubro de 1914 e falecida em 2007. Haydée foi a primeira mulher a integrar o quadro de funcionários do Banestes (Banco do Estado do ES), em 1947. Não se casou.
     1.1.8. Helena Giestas, nascida em Afonso Cláudio, ES, no dia 08 de setembro de 1915.
     1.1.9. Zenith Giestas, nascida em Afonso Cláudio, ES, no dia 13 de fevereiro de 1918. 
     1.1.10. Jofir Giestas, nascida em Afonso Cláudio, ES, no dia 03 de janeiro de 1921 e falecida em São Paulo, no dia 12 de dezembro de 1997, sepultada em Vitória, ES.
  1.2. Adriano Fernandes Giestas, nascido por volta de 1882, provavelmente em Freguesia de Santo André e São Miguel de Taias e Barroças, Concelho de Monção, Distrito de Viana do Castelo, Minho, Portugal, e falecido em Afonso Cláudio, ES. Foi casado com Maria de Vargas.
(Foto: Adriano F. Giestas e Maria de Vargas)
Tiveram os seguintes filhos:
     1.2.1. Manoel de Vargas Giestas, nascido em 26 de janeiro de 1911, em Afonso Cláudio, ES e falecido em 20 de novembro de 2001, no mesmo município de nascimento. Casou-se em primeiras núpcias com Elisa Petronetto e em segundas núpcias com Isabel Lamas Barbosa, filha de Manoel Lamas Moreira e Sebastiana Henrique Pedro ou Barbosa.
(Foto: Manoel V. Giestas e Isabel Lamas)
Com Elisa Petronetto, Manoel teve nove filhos:
        1.2.1.1. Diolinda
        1.2.1.2. Helena 
        1.2.1.3. Catharina
        1.2.1.4. Sebastiana
        1.2.1.5. Maria
        1.2.1.6. Emilia 
        1.2.1.7. Tereza
        1.2.1.8. Pedro
        1.2.1.9. Adriano, casado com Maria.
        Entre outros filhos, são pais de:
            1.2.1.9.3. Adriano Giestas, casado com Ana Maria de Jesus, filha de José Netto da Silva e Maria Gonçalves do Espírito Santo.
            Pais de dois filhos:
                1.2.1.9.3.1. Emanuel Giestas (foto)
                1.2.1.9.3.2. Hudson Giestas
Entre a perda da primeira esposa e o casamento com Izabel, Manoel teve um envolvimento com uma senhora de nome Maria, com quem teve uma filha:
         1.2.1.10. Clisse Giestas
Com Izabel Lamas, Manoel Giestas teve os seguintes filhos:
         1.2.1.11. José Lamas Giestas
         1.2.1.12. João Lamas Giestas
         1.2.1.13. Maria Bernadeth Lamas Giestas
         1.2.1.14. Maria de Lourdes Lamas Giestas
         1.2.1.16. Antônio Lamas Giestas, nascido por volta de 1964, em Afonso Cláudio, ES e falecido em 1970, no mesmo município de nascimento.
     1.2.2. Adenar de Vargas Giestas, nascido em 13 de março de 1915 e falecido em 1974, em Afonso Cláudio, ES. Casou-se com Zilda Lopes, nascida em 21 de agosto de 1919.
     Pais de:
        1.2.2.1. José Geraldo Lopes Giestas
        Pai de:
            1.2.2.1.1. Márcia Giestas
        1.2.2.2. Antonio Luiz Lopes Giestas
        Pai de:
            1.2.2.2. Rasangela Giestas (Colaboradora deste blog)
        1.2.2.3. João Lopes Giestas
        1.2.2.4. Maria da Conceição Lopes Giestas
  
Foto: Dona Zilda Lopes Giestas, aos 94 anos.
    
   1.3. Domingos Giestas, nascido por volta de 1878, na Província do Minho, Portugal.
   1.4. Rosa Giestas, nascida por volta de 1878, na Província do Minho, Portugal.
   1.5. Maria Giestas (Sem informações)
2. Bento Fernandes Giestas, nascido em 1883, em Portugal e falecido em 1906, em Afonso Claudio, ES. Foi casado com Nimiziana.
Pais de:
   2.1. Bento Giestas (Sem informações)
   2.2. Maria Giestas (Sem informações)
   2.3. Nímea Giestas (Sem informações)



 

Tulha construída por Adriano Giestas, herdada por Adenar, seu filho. Esta construção ainda existe e fica localizada em Ribeirão do Costa, Afonso Claudio. (Fonte: Rosangela Giestas).
O relógio acima pertenceu a Adenar de Vargas Giestas, hoje está com seu filho João Lopes Giestas. (Fonte: Rosangela Giestas)