Natural de Beirute (Líbano), era filho de Jorge Joaquim Haddad e Marian Nahas Haddad. Nasceu em 24 de janeiro de 1880 e faleceu na cidade de Afonso Cláudio, na data de 07 de outubro de 1974, aos 94 anos de idade (Livro 146, fls. 134, nº 7241). Foi casado com Izaura de Barros Haddad (filha de Ramiro de Barros Conceição e Ana Magalhães de Barros), em 1913, cujo consórcio matrimonial gerou os seguintes filhos: Elvira, Rômulo, Mozart, Stella (professora e escritora, casada com o ex-deputado estadual José Venceslaw de Souza - Zé Lalau - e autora do livro “Buscando a tradição de um povo”, que trata da cidade de Afonso Cláudio e sua gente), Dalila, José (Zezito), Zuleika (professora, casada com o ex-prefeito Sebastião Fafá, com quem teve seis filhos), Remus, Roberto e Helena.
Chegou ao Brasil em 1899, em companhia de seu pai e dos irmãos Joaquim e Pichara, e em Afonso Cláudio, em 1902, portanto, aos 22 (vinte e dois) anos.
Antes de vir para Afonso Cláudio, chegou a residir em Salvador (BA) e depois em Vitória e Santa Tereza, no Espírito Santo.
Foi em Afonso Cláudio que concluiu o curso científico, hoje conhecido como Ensino Médio.
Em 1904, já era comerciante na cidade, tendo construído a sua própria loja com recursos financeiros proveniente da formação de poupança, conhecida como a "Victoriosa", onde era vendido desde armarinhos, perfumes, calçados, papelaria, ferragens, louças, mantimentos, bebidas e ainda comprava-se café. O seu auxiliar era o Paulo José Saleme. Para início das atividades, arrematara o estoque de mercadorias do estabelecimento comercial do Sr. Sabino Coimbra, que fora a leilão.
Foi um comerciante rico e poderoso, mas que na década de 1930, com a desastrosa e inesperada baixa do café, fê-Io pobre e quase sem recursos. Conheceu, portanto, "e não por uma só vez, os altos e baixos da vida, mas sempre com a mesma fleuma, que lhe era peculiar.
Foi também um dos primeiros agentes dos Correios da cidade.
Quando da organização, em fevereiro de 1916, do diretório político do PRES - Partido Republicano do Espírito Santo, fez parte daquele diretório.
Exerceu a presidência do Teatro "Grêmio Recreativo Guanduense", fundado em 1916.
Em 19 de janeiro de 1922 foi escolhido Conselheiro da Fábrica da Matriz e mais tarde fabriqueiro. Novamente, em 1935, foi indicado pela Cúria Diocesana para compor a comissão da fábrica da nova Matriz, onde novamente foi o fabriqueiro.
Participou como membro atuante da Conferência São Vicente de Paulo, a partir de 1906, tendo inclusive cedido as dependências de sua residência, em 1926, para a realização das reuniões. Exerceu a função de presidente, no período de 1935 a 1968.
Decorria o ano de 1924 quando completou o mandato de interventor do município, até 31 de dezembro daquele ano, e também ajudou a fundar o clube de futebol "20 de Janeiro".
Em 1929 era eleito vereador à Câmara Municipal, sendo eleito seu Vice-Presidente.
Eleito pela 2ª vez para o cargo de vereador em 1935, assumiu naquela oportunidade a presidência da Câmara.
Exerceu também "o cargo de correspondente do Banco do Estado do Espírito Santo". Fez parte, como sócio, da Rádio Recreativo Club, criado em 1931.
A Banda Musical São Sebastião foi criada em 15 de outubro de 1951 e naquela ocasião fez parte da sociedade.
Quando da reforma dos estatutos do Trianon Clube, em 1953, participou de sua aprovação.
Como se vê "José Jorge Haddad foi conivente de tudo que, nos tempos idos, se fez em Afonso Cláudio de bom, de significativo e honroso para todos os que aqui residem" e/ou residiram.
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Fonte:
VIEIRA, José Eugênio. Afonso Cláudio (ES): cronologia de sua história política, administrativa e cultural. Vitória, 2009.
