Por Adilson Braga Fontes
Contato:abrafo@gmail.com
João
da Cunha Silveira Coutinho – Nascido em 1825, na Ilha de Graciosa, Portugal, chegou ao
Espírito Santo em 1850, estabelecendo-se em Beneficência, no atual município de
Castelo. Teve vários filhos, dentre eles: João da Cunha Silveira Coutinho
Junior; Nicolau da Cunha Silveira Coutinho; Franco da Cunha Silveira Coutinho e
Armandina da Conceição Coutinho.
Em 29 de maio de 1887, João colocou um anúncio no
jornal oferecendo uma casa para ser alugada, onde antes funcionava sua casa de
negócio, próximo a Estação do Castelo.[1]
Sua filha Armandina casou-se em 6 de junho de
1890, com Joaquim Silvério de Andrade, filho de Ângelo de Andrade, sendo o
primeiro casamento civil realizado na região do Castelo. Foram testemunhas
Antonio da Rosa Carvalho Machado e Francisco José de Salles Cunha. Presidiu o
ato, o juiz de paz Antonio Pereira Soares.[2]
Em 15 de abril de 1901, João fez publicação no
jornal dando ciência à comunidade de que ele e seu filho, Franco, haviam sido
ameaçados de terem o canavial e cafezal incendiados, não citando os autores,
mas mostrando conhecer os ameaçadores que já haviam se “fartado de seu magro
manjar”.[3]
Em 20 de maio de 1901 coloca anuncio vendendo de
13 a 15
alqueires de terras nas imediações da Estação do Castelo “por preço razoável”,
com cafezais e mata virgem.[4]
Em 14 de julho de 1902, João da Cunha Silveira
Coutinho, depois de 37 anos de sofrimentos, entrevado em seu leito,
tragicamente, pôs fim à sua vida, suicidando-se em sua fazenda no Castelo, com
um tiro de garrucha, aos 77 anos de idade. Acometido por uma paralisia parcial
em 1862 e agravando-se a enfermidade recolheu-se ao leito em 1865, onde
permaneceu até o fim da vida.[5]
Alguns de seus filhos (João da Cunha Silveira Coutinho Jr. e Nicolau da Cunha Silveira Coutinho) se estabeleceram em Afonso Cláudio, ES, no fim do século XIX, deixando no município inúmeros descendentes.
Bibliografias
1 O Cachoeirano. Cachoeiro de Itapemirim, 12 de junho de 1887. Ano X, nº 24, p. 3.
2 O Cachoeirano. Cachoeiro de Itapemirim, 8 de junho de 1890. Ano XIII, nº 23, p. 2.
3 O Cachoeirano. Cachoeiro de Itapemirim, 28 de abril de 1901. Ano XXIII, nº 33, p. 4.
4 O Cachoeirano. Cachoeiro de Itapemirim, 26 de maio de 1901. Ano XXIII, nº 41, p. 1.
5 O Cachoeirano. Cachoeiro de Itapemirim, 17 de julho de 1902. Ano XXIV, nº 57, p. 2.
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